As mudanças no modelo familiar

         A família é uma instituição responsável por promover a educação de indivíduos e influenciar seus comportamentos no meio social. Não é possível descrever um modelo familiar único, pois há uma variedade de fatores a considerar. A teoria e a prática das instituições de família dependem da competência de dar e receber amor, a promover a dignidade e a realização da personalidade de seus membros, integrando sentimentos, esperanças e valores para o alcance da felicidade. A família “perfeita” que é idealizada na sociedade atual é composta de pai (chefe da família), mãe (cuida dos filhos e da casa) e filhos (devem obediência aos pais).

          Seguindo o verdadeiro significado, uma família pode ser: um pai que é responsável pelas tarefas domésticas enquanto a mãe sustenta a casa, uma avó que cuida do neto, um tio que cuida do sobrinho e inúmeras outras possibilidades. O modelo familiar que vem se formando e causando mais polêmicas na atualidade é de um casal homoafetivo. Esse casal, ao adotar uma criança, está contrariando o tipo de família considerada “normal”. Mas se a família é responsável pela educação e felicidade da criança, será que um casal do mesmo sexo não seria capaz de suprir esse dever? No Brasil, a primeira adoção por casais homossexuais ocorreu em 2006, quando Vasco Pedro da Gama e Júnior de Carvalho, juntos há quase 20 anos, conseguiram a guarda de Theodora, que passou quatro anos em um orfanato. De acordo com a revista Super Interessante, somente nos EUA, segundo estimativa da Escola de Direito da Universidade da Califórnia, 1 milhão de lésbicas, gays, bissexuais e transexuais criam atualmente cerca de 2 milhões de crianças.
          A sociedade conservacionista põe em questão quais consequências esses tipos de família terão na criança, recusa a admitir que uma criança possa ser feliz, bem educada e não ter vergonha de seus pais homossexuais. Pessoas preconceituosas e desatualizadas chegam a dizer que esses filhos serão gays, terão problemas psicológicos e sofrerão abusos sexuais. 

             Trazendo para a realidade e fazendo uso da racionalidade, a orientação sexual dos pais não influencia na opção sexual dos filhos. É quase impossível você não conhecer nenhum gay e na maioria das vezes, os pais são heterossexuais e possuem uma família nos padrões conservadores, então por que obrigatoriamente filhos de casais homoafetivos serão gays? Há alguma regra para isso? Se houver alguma diferença, será que as crianças que foram criadas por gays ou lésbicas tratarão ao próximo com respeito e igualdade por suas escolhas.

          O preconceito só ocorre porque a sociedade se nega a respeitar e a aceitar a escolha do indivíduo quando se diferencia da maioria. Se houver uma reeducação na sociedade, para tratar a todos igualitariamente, as ações de bullying com essas crianças iriam reduzir drasticamente. 
Há também aqueles que de forma ignorante tratam a homossexualidade como doença. Você sabia que em 1973 que a Associação de Psiquiatria Americana retirou a homossexualidade da lista de doenças mentais? A homossexualidade não é doença e não há tratamento, é apenas uma orientação sexual.   

Redução não é Solução



     Ouvi falar sobre a redução da maioridade penal, achei bastante interessante e resolvi compartilhar minha opinião sobre este tema.

     A maioridade penal define a idade a partir da qual o individuo pode responder por seus atos na condição de adulto, atualmente a maioridade define como adulto aqueles maiores de 18 anos. A redução prevê a diminuição desta idade para 16 anos.

     Nos dias atuais, menores que cometem crimes são levados para a Fundação CASA (Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente), onde podem ficar até, no máximo, três anos, maior causa das revoltas de quem é a favor. Mas, colocá-los na cadeia resolveriam os problemas?

     Nos presídios, estes menores infratores, no meio de grandes bandidos e traficantes, se sentiriam desamparados e ameaçados, consequentemente criariam laços com os grupos que dominam estes presídios, para que tenham, uma certa proteção lá dentro, e para que sua família também tenha esta proteção do lado de fora.

     Como passariam muito mais tempo dentro destes presídios, ao sair , seriam obrigados a permanecer no crime, tendo em vista que agora possuem uma enorme dívida com estas facções.

     Ou seja, de nada adiantaria reduzir a maioridade penal, pelo contrário, estaríamos educando crianças ao crime. O problema está na educação brasileira, já que a corrupção no Brasil não permite que haja qualquer comprometimento com a população, no que se refere à educação, e nas condições em que vivem estas crianças, muitas delas obrigadas a procurar outros meios, para não morrer de fome. A redução da maioridade penal, não atinge o real foco do problema, é apenas uma forma de fugir deles. Ao invés de investir em educação para mudar a realidade, apenas os jogam em penitenciárias e os deixam exilados, como se excluí-los da sociedade não batesse de frente com os direitos humanos e não acarretasse em consequências permanentes e sem solução para o país em um futuro próximo.

O Brasil contra Pena de Morte

O Brasil foi oficialmente o segundo país da América Latina a abolir a pena de morte para crimes comuns. O pioneiro nessa medida na América Latina foi Porto Rico, em 1856.


A pena de morte é uma punição extrema, degradante e desumana. Viola o direito à vida. Qualquer que seja o método de execução utilizado – electrocussão, enforcamento, câmara de gás, decapitação, apedrejamento ou injecção letal –  a pena de morte constitui-se como uma forma de punição violenta que não deveria ter lugar no sistema de justiça actual.
E no entanto persiste.
Em muitos países, os governos justificam a utilização da pena de morte alegando que esta previne a criminalidade. Contudo, não existe qualquer prova de que este método seja mais eficaz na redução do crime do que outras punições severas.
A pena de morte é discriminatória. É frequentemente utilizada de forma desproporcionada contra pobres, minorias, certas etnias, raças e membros de grupos religiosos. É imposta e levada a cabo de forma arbitrária. Nalguns países é utilizada como um meio de repressão – uma forma brutal de silenciar a oposição política.
A pena de morte é irrevogável e, tendo em conta que o sistema de justiça está sujeito ao preconceito e ao erro humano, o risco de se executar uma pessoa inocente está sempre presente. Esse tipo de erro não é reversível.
Algumas referencias sobre a Pena de Morte em outros países.
  • Cerca de 90 países praticam a pena de morte.
  •  A França abandonou o uso da guilhotina apenas em 1981.
  •  A pena de morte é praticada em 37 (trinta e sete) estados americanos.
  •  Gastam-se cerca de dois milhões e meio de dólares para se executar uma pessoa, nos Estados Unidos.
  •  Entre 1930 e 1996, 4220 prisioneiros foram executados nos Estados Unidos (mais da metade eram negros).
  • De acordo com o Death Oenalty Information Center, a população atual, nos "corredores da morte" é constituída mais de negros e latinos.
  • Até 2000 trinta e cinco condenados com retardo mental foram executados, apesar do governo federal americano e doze estados proibirem isso.


No Brasil, o ibope fez uma pesquisa envolvendo 2.506 eleitores em 175 municípios e revelou que: 




Pena de morte
49% contra
46% a favor
5% não sabe/não respondeu




Ou seja, a pesquisa mostrou que as opiniões entre os brasileiros estão bem divididas sobre  esse tema. E você, o que acha?






Ditadura Militar? Nunca mais!

Protesto nas ruas das cidades do Brasil gera um pouco de polemica em relação a pedidos da intervenção militar no poder de governar do país. Os argumentos levados aos que protestam é em relação a grande corrupção que há no Brasil.


É um absurdo alguém que seja a favor dessa forma de governo depois de tudo que houve no século passado, pessoas exiladas, mortas sem direito ao menos de saber o porquê, desaparecidas, e até hoje ninguém sabe a que fim levou tais pessoas, realmente um descaso, a economia do país subiu muito, porém não é assim que se resolve o problema de um país, pessoas que roubam, matam, tem direito de suas punições, mas sujeito algum tem direito de tirar a vida de outro. Abaixo estarão alguns motivos pesquisados no site da JusBrasil, para que não seja implantada novamente essa forma de governo.

Tortura e ausência de direitos humanos.
Censura e ataque à imprensa.
Saúde pública fragilizada.
Linha dura na educação.
Corrupção e falta de transparência.
Nordeste mais pobre e migração.
Desigualdade: bolo cresceu, mas não foi dividido.
Precarização do trabalho



Depois desses motivos e muitos outros, é inadmissível que alguém hoje em pleno século XXI venha a ser a favor dessa forma de governo onde muitos não tiveram a liberdade de expressão, onde houve corrupção enquanto muitos pensam que não, onde houve mortes, exílios e desaparecimentos, onde houve mais pobreza na região do Nordeste, a saúde precária, frase no site da JusBrasil ("A imensa maioria da população não tinha acesso", conta o cardiologista e sindicalista Mário Fernando Lins, que atuou na época da ditadura), dado exposto tudo isso a intervenção militar não deve ser posta no Brasil nos dias atuais.

Legalize já!


            Um tema que vem gerando polêmicas nos últimos tempos é a questão da legalização da maconha no nosso país. Numa sociedade em que teoricamente é mais fácil para um adolescente comprar maconha do que uma lata de cerveja – já que o traficante não faz distinção entre menor ou maior de idade – é impossível não discutir esse tema, uma vez que a legalização pode controlar melhor o acesso desses jovens à erva do que a proibição. O II Levantamento Nacional de Álcool e Drogas, realizado em 2012, mostrou que cerca de 7,8 milhões de brasileiros de todas as faixas etárias já usaram maconha. Todos os anos, acontecem diversas manifestações a favor da legalização, conhecidas como "Marcha da Maconha". 


Marcha da Maconha


              O que não faltam são motivos que nos levam a crer que a possibilidade da legalização deve ser levada em consideração. É necessário entender que a proibição não tem sido eficaz, que o tráfico continua; intensificar a guerra contra a droga não tem diminuído sua demanda.

Atualmente, existem projetos de lei nos quais regularizam a produção, industrialização, cultivo, colheita e uso da cannabis. Alguns defensores alegam que a legalização diminuirá o tráfico, uma vez que o usuário plantará sua própria erva e não alimentará o crime.

É importante saber diferenciar um usuário recreativo de um traficante. Nos últimos meses, a prisão de um rapper nacional do grupo ConeCrew Diretoria causou polêmica e revolta na internet. André da Cruz Teixeira Leite, conhecido como Cert, foi preso após denuncia por plantar maconha em sua residência para seu consumo próprio, com pena de 5 a 15 anos. Há usuários presos como traficantes, e isso é um absurdo.

Se deu certo na Holanda e está dando certo no Uruguai e nos EUA, porque não analisar a questão? Morrem milhares todos os dias devido aos malefícios do álcool e do cigarro – drogas legalizadas que são consumidas banalmente –. Imaginemos se quisessem proibir essas substâncias hoje em dia... completamente fora de questão. A legalização conduzirá a sociedade a aprender a conviver com as drogas, tal e como tem feito com essas outras substâncias legalizadas. O processo de aprendizagem social é extremamente valioso para poder diminuir e internalizar os efeitos negativos que derivam do consumo e abuso de certas substâncias. 


Esse é um debate inadiável no Brasil, porém não é tão simples para um governo apoiar a legalização de uma droga. Hoje, este caminho é legalizar pela autoridade oficial o que, na prática, já está legalizado há tempos pela autoridade criminosa.